sábado, 6 de novembro de 2010

QUELÓIDE

O quelóide, cicatriz tumoriformes comuns nos indivíduos de raça negra, também consiste uma complicação da reparação, em que forma um tecido liso e brilhante, com superfície elevada, devido ao fenômeno de hialinização de fibras colágenas.



regeneração tecidual


A cicatrização é a forma mais comum de cura dos tecidos inflamados. Nela se tem uma reposição tecidual, porém a anatomia e a função do local comprometido não são restituídas, uma vez que se forma a cicatriz, tecido conjuntivo fibroso mais primitivo que substitui o parênquima destruído.

fases:
  • Fase de demolição;
  • Fase de crescimento do tecido de granulação;
  • Fase de maturação ou fibroplasia.

As cicatrizes promovem contração do tecido adjacente pois as fibras colágenas, ao amadurecerem, diminuem de tamanho e perdem a elasticidade. Essa perda de elasticidade, por sua vez, faz com que a cicatriz seja pouco resistente ao estiramento. Em alguns, casos, por exemplo, a reparação pode se complicar. Essas complicações incluem infecções durante o processo reparativo (retardando este por se iniciar novamente uma inflamação aguda no local), alterações pigmentares (pode haver, por exemplo, depósito de hemossiderina) e dor (principalmente quando está envolvida a cicatrização de fibras nervosas).   

Regeneração

A regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis, isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.); por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido. Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Albinismo

A tirosina, um aminoácido, é normalmente convertida pelo organismo em um pigmento conhecido como melanina. O albinismo resulta da incapacidade do organismo em produzir melanina, o que pode ser atribuído a um dos vários possíveis defeitos do metabolismo da tirosina.

O albinismo manifesta-se de diferentes maneiras e há várias formas de herança: autossômica recessiva, autossômica dominante e ligada ao cromossomo X. O albinismo completo é
a forma mais grave da doença e implica na ausência total de pigmentos nos cabelos, olhos e pele (também chamado de albinismo oculocutâneo tirosinase negativo). As pessoas afetadas apresentam cabelos e pele brancos, íris vermelha, defeitos visuais, fotofobia (a luz solar provoca dor nos olhos dessas pessoas) e queimaduras solares (queimam com facilidade e não se bronzeiam).

Há uma forma ocular isolada de albinismo que pode estar associada a várias doenças hereditárias. O albinismo parcial, ou pele malhada, é a ausência de pigmentação em apenas algumas áreas, o que pode incluir a despigmentação de uma mecha de cabelo, de uma área na testa, dos cotovelos, dos joelhos ou outras áreas do corpo.
 

Sintomas:
  • ausência de pigmentos nos cabelos, na pele e na iris
  • ausência de pigmentos em áreas cutâneas (coloração irregular da pele)
  • pele e cabelos brancos, albinismo completo
Tratamento:

O objetivo do tratamento é o alívio dos sintomas, o que depende da intensidade do distúrbio.

A pele e os olhos devem ser protegidos dos raios solares. O uso de óculos de sol (com proteção para os raios UV) pode aliviar a fotofobia enquanto o uso de protetores solares e a cobertura completa da pele por roupas quando exposto ao sol reduz o risco de queimaduras solares. Os protetores solares devem conter um fator de proteção solar alto. 




 

Icterícia

 



Versão para Impressão
Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue.
A criança fica ictérica quando a formação de bilirrubina é maior do que a capacidade do seu fígado de metabolizá-la.
A icterícia normalmente aparece ao redor do segundo ou terceiro dia de vida. Começa pela cabeça e progride para baixo. A pele de um bebê ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax, no abdômen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo.
Um teste simples para icterícia é apertar suavemente com a ponta do dedo a ponta do nariz ou a testa da criança. Se a pele permanece branca (este teste funciona para todas as raças) não há icterícia; se a cor for amarelada, você deve levar sua criança ao pediatra para ver se a icterícia é significativa e requer algum tipo de tratamento. Na presença de pele muito amarelada, há necessidade de exames de sangue para avaliar a intensidade, fazer um diagnóstico mais preciso do tipo de icterícia e indicar o tratamento mais adequado.
O acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis.Tipos de icterícia
Há vários tipos de icterícia no recém-nascido. Os mais comuns são os seguintes:
 

Icterícia fisiológica (normal):
Ocorre em mais de 50% dos recém-nascidos. Esta icterícia é devida à característica própria do bebê que leva a um metabolismo lento da bilirrubina. Geralmente surge entre o 2o e o 4o dias de vida e desaparece entre a 1a e a 2a semana de idade.

Icterícia da prematuridade:
Ocorre com muita freqüência em bebês prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficazmente.

Icterícia do leite materno:
Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem a excreção intestinal da bilirrubina. Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas. 

Se a icterícia for de níveis leves a moderados, por volta de 5 a 7 dias de vida o bebê terá resolvido a icterícia sozinho.
Se a icterícia atingir níveis mais altos, fototerapia (banhos de luz) pode ser necessária.
Também podem ser recomendadas alimentações mais freqüentes para ajudar a criança a eliminar a bilirrubina pelas fezes.
Em alguns casos, seu médico pode lhe pedir para interromper a amamentação ao seio temporariamente. Durante esse tempo, você pode esgotar os seios com uma bomba, assim você pode manter a produção de leite do peito e você poderá começar a amamentar novamente assim que a icterícia tenha diminuído. Em alguns casos, uma troca de sangue pode ser necessária para eliminar o excesso de bilirrubina do sangue do bebê.
Raros casos não têm tratamento satisfatório sendo que alguns necessitam intervenção cirúrgica. 



sábado, 11 de setembro de 2010

envelhecimento celular

O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o facto das células somáticas do corpo irem morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na juventude. O motivo é que para a substituição poder acontecer as células somática têm de se ir dividindo para criarem cópias que vão ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem.
Em virtude das multiplas divisões celulares que a célula individual regista ao longo do tempo, para esse efeito, o telomero (extensão de DNA que serve para a sua protecção ) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa de se poder dividir envelhece e morre com a conseqüente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, orgãos, do próprio organismo e o aparecimento das chamadas doenças da velhice e não só.
Existe uma enzima natural (telomerase) em todos os organismos vivos que está encarregada de proceder à manutenção dos telómeros. Por cada divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela faz essa função unicamente nas células germinativas fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo ser já velho. Devia fazer o mesmo nas células somáticas do organismo, mas, isso não acontece.
As células somáticas têm o gene da telomerase mas não a produzem pois, este não está activado. Actualmente a ciência já consegue activar a telómerase e criar células saudáveis imortais. Revistas científicas como a Science (1998) já trouxeram artigos sobre este assunto. FIM 12/07 Jov

O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Esta tradicional definição tem sido desafiada pela sua simplicidade.

endometriose

Endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial (tecido que reveste o útero internamente) fora da cavidade uterina.
A causa exata é desconhecida. Uma teoria sugere que durante a menstruação as células do endométrio passariam através das trompas de Falópio para a cavidade peritoneal abdominal, onde se implantariam. Os locais mais comuns de implantação são os ovários, trompas de Falópio, superfície externa do útero e septo reto-vaginal (área entre a vagina e o reto). Outras teorias sugerem alterações do sistema imunológico e mesmo uma herança genética.
A cada menstruação este tecido endometriótico sangra causando dor pélvica, dor durante a relação sexual, queixas urinárias, intestinais e infertilidade. 
Os sintomas mais comuns incluem:
 
dismenorréia severa (dor pélvica cíclica que ocorre antes e durante a menstruação)
dispareunia (dor durante ou logo após o ato sexual)
dor pélvica crônica
infertilidade
sintomas urinários com micções dolorosas
dor na região lombar baixa (costas)
desconforto abdominal


sábado, 4 de setembro de 2010

Sindrome de Crest -








         

sindrome de Crest é uma doença auto imune,variante da esclerose sistêmica. A sindrome ganhou esse nome devido suas cinco caracteristicas principais: 



  • Calcinose ; 
  • Fenômeno de Raynaud;
  • Dismotilidade Esofágica;
  • ESclerodactilia;
  • Telangiectasia.


Calcinose é a formação de depósitos de cálcio em qualquer tecido mole.

Fenômeno de Raynaud é desordem de vasoconstrição que causa descoloração dos dedos das mãos e pés e ocasionalmente outras extremidades.

Dismotilidade esofágica está relacionada à tosse em pacientes com refluxo gastro-esofágico.



Esclerodactilia é o endurecimento da pele dos dedos, que leva os pacientes a terem dificuldade em diferentes graus de dobrá-los e esticá-los.

Telangiectasia é uma modificação da rede capilar que associa multiplicação, anomalia de estrutura e dilatação dos vasos.






http://www.revistamedicocientifica.org/index.php/rmc/article/view/117/0

Calcificação

                                                                       
Calcificação é o processo fisiológico que intervém na formação dos ossos e que consiste no depósito de sais de cálcio, fazendo acontecer a quebra da homeostasia dos minerais.



A calcificação pode ocorrer de duas formas:

Calcificação Metastásica: acontece com a absorção abundante de cálcio no tubo gastro-intestinal por intoxicação com vitamina D; e da mobilização excessiva de cálcio dos ossos, consequência de imobilização prolongada, de osteólise (mielomas ou metástases ósseas); e do hiperparatireoidismo primário ou secundário (renal, nutricional ou por síndrome para-neoplásica).
Se acontecer a insuficiência renal crônica, ocorre também como resposta a essa insuficiência renal, uma retenção de fosfato resultando numa maior secreção de paratormônio para equilibrar a relação cálcio -  fosfato no sangue. Assim, a hiperfosfatemia induz a elevação de calcemia, por excesso de mobilização óssea, ultrapassando o limiar de solubilidade do cálcio e fósforo no plasma, permitindo a precipitação nos tecidos.
A calcificação metastática não causa disfunção clínica significativa, sendo a condição hipercalcêmica mais importante que a calcificação em si. Entretanto, pode ocorrer deficiência respiratória no caso de envolvimento intenso dos pulmões, e insuficiência renal nos depósitos maciços nos rins (nefrocalcinose).




Calcificação Distrófica: é mais freqüente que a metastática e ocorre de maneira mais localizada nos tecidos conjuntivos fibrosos hialinizados em lenta e prolongada degeneração, como na parede de vasos esclerosados (ex: placas ateromatosas antigas e esclerose medial de Monckeberg nas artérias uterinas de mulheres idosas), em tendões, em válvulas cardíacas, e em alguns tumores (ex: leiomiomas uterinos, meningiomas, carcinomas mamários e papilares da tireóide e do ovário).  
Ocorre também nas áreas de necroses antigas e não reabsorvidas, como na linfadenite caseosa da tuberculose, nos infartos antigos, ao redor de parasitas e larvas mortas, na necrose enzimática das gorduras da pancreatite, nos abscessos crônicos de difícil resolução e em trombos venosos crônicos (flebólitos). Em órgãos tubulares (ductos e vesículas), a calcificação pode envolver núcleos orgânicos de debris e células descamadas permitindo a formação de cálculos. 


 

sábado, 21 de agosto de 2010

Apoptose X Necrose

Apoptose e Necrose são tipos de morte celular e na maioria das vezes, estudadas juntas mas, necrose e apoptose, têm o mesmo processo de morte celular?

Apoptose é a morte celular desencadeada por vários tipos de mecanismos visando eliminar células desnecessárias, excessivas, ou não desejáveis pelo organismo.


Necrose é a morte celular que ocorre após lesão tissular extensa, devido a agentes químicos e físicos, que promove rápido colapso da homeostase interna. É acompanhada de lise da membrana celular e das endomembranas com liberação de restos da célula para a MEC .Isto promove inflamação.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lesões celulares reversíveis e irreversíveis

Como já foi falado antes, as lesões celulares acontecem quando as células foram expostas a um estresse tão severo que perdema  capacidade de se adaptar. Essa lesão pode progredir para um estágio reversível ou acabar em morte celular.
Lesões Reversíveis: Permitem que a célula lesada, após a retirada do agressor, volte a ter aspecto e funções normais. As formas das lesões reversíveis dependem do tpo, da duração e da intensidade das agressões, do tipo de célula lesada e do seu estado metabólico. Os dois principais tipos de lesão celular reversível são o edema e a esteatose.
Edema: Aumento do fluxo intersticial, provocando inchaço. É constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. O equilibrio do fluido intersticial é determinado pelo equilíbrio da homeostase de fluidos.O edema ocorre devido a cinco causas patológicas: pressão hidrostática elevada, pressão oncótica reduzida, obstrução linfática, retenção de sódio ou inflamação. O equilibrio entre a pressão oncótica e hidrostática torna normal a geração do fluido intersticial. Sendo assim, qualquer coisa que eleve a pressão oncótica fora dos vasos sanguíneos, como a inflamação ou baixe a pressão oncótica, como a cirrose, causará edema.
Existem três tipos de endema:
Edema comum: Constituído de água e sal, quase sempre localizado.

Linfedema: Tem a formação no acúmulo de linfa. Nesses casos, os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio.


 Mixedema:  Tem características especiais: é duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo.

Esteatose: Também chamado de degeneração gordurosa é o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas, hepatócitos e fibras do miocárdio. Normalmente não são evidenciados histologicamente lipideos mas, nos casos de esteatose os lipídeos formam vacúolos nas células. A maioria dos casos de estatose se dá no fígado, por este órgão ser diretamente relacionado ao metabolismo lipídico.



Lesões Irreversíveis: Ocorre quando o estímulo agressor é muito prolongado e intenso e culmina a na morte celular. Como os sistemas celulares são interligados, qualquer que seja o ponto inicial da lesão celular, normalmente com o passar do tempo, todos os sistemas das células serão atingidos. Entre s sistemas mais vulneráveis, destacam-se quatro:
  • Membranas: Estas tem a integridade diretamente ligada ao controle de substâncias que entram e saem das células.
  • Respiração Aeróbica: Desta, dependem os sistemas que utilizam energia (membranas).
  • Síntese Proteica: Produz proteinas estruturais, proteinas e outras.
  • Aparato genético da célula: Importante para a manutenção da síntese proteica.
Existem dois tipos de Morte Celular:
Necrose: Manifestação final de uma célula que sofreu lesão irreversível. As células que sofreram ncrose são incapazes de manter a integridade da membrana. Os fatores relacionados a agressões que venham a ocasionar necrose podem ser físicos,quimicos ou biológicos. Os principais tipos de necrose são:
Necrose Isquêmica: Ocorre quando há uma isquemia do tecido.É determinada pela desnaturação das proteinas celulares que acontece com a diminuição do Ph, durante o processo de isquemia. O citoplasma após a isquemia torna-se eosinófilico, as enzimas são desnaturadas e a arquitetura das céulas é mantida até a remoção dese tecido por leucócitos.
Necrose gangrenosa: É um tipo de necrose isquêmica que acontece na extremidade dos membros que perderamo suprimento sanguíneo. Quando esse tipo de necrose acontece juntamente com a infecção por uma bactéria é modificada pela liquefação, tornando-se uma gangrena úmida.
Necrose Gordurosa:  Ocorre semre que há um extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, gerando uma liquefação de adipocitos e quebra das ligações estericas de triglicerides, liberando ácidos graxos que formam uma reação de saponificação ( ácidos graxos combinados com íons Ca++ cercado por reação inflamatória) formando áreas esbranquiçadas no tecido adiposo.

Apoptose:  Processo essencial para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou defeituosas. Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular. Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina, fragmentação internucleossômica do DNA e formação dos corpos apoptóticos.é um dos participantes ativos da homeostase no controle do equilíbrio entre a taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos. 


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos

A célula saudável está presa pelos programas genéticos do seu metabolismo, diferenciação e especialização a uma variação limitada de função e estrutura, pela repressão das células vizinhas e pela disponibilidade de substratos metabólicos. Todavia, ela é capaz de se adaptar a exigências fisiológicas, mantendo o estado de homeostasia ( aumento do número de células num órgão ou num tecido). Uma sequências de estresses severos pode causar um número elevado de adaptações celulares, causando novos estados de estabilidade que são alterados guardando a viabilidade da célula e modulando sua função, conforme a resposta a tais estímulos. Essa resposta adaptativa, pode ser hiperplasia, hipertrofia e atrofia.
Hiperplasia: Caracteriza-se pelo aumento no número de células de um órgão ou tecido, resultando normalmente no aumento do seu volume. Ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. A hiperplasia é dividida em dois campos de estudo: hiperplasia fisiológica e hiperplasia patológica. A hiperplasia fisiológica é mediada por níveis hormonais. Ex: mama, útero na gravidez e aumento do endométrio após a menstruação.

Hiperplasia patológica: A maioria das formas desse tipo de hiperplasia tem causa na estimulação excessiva de celulas-alvo por hormônios. Frequentemente pode ocorrer no endométrio, na gengiva, na próstata.

Hipertrofia: Na hipertrofia, acontece um aumento no tamanho da célula, resultando em um aumento no tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não tem nenhuma célula nova, simplesmente células maiores. Nos casos de hipertrofia ocorre um aumento no volume celular, sem que ocorra divisão celular, difirenciando-se assim, da hiperplasia.O mais conhecido exemplo de hipertrofia, além da muscular é a hipertrofia do miocárdio, quando há sobrecarga do coração por aumento da pressão ou do volume do sangue, a parede cardíaca sofre hipertrofia.

Atrofia: Ocorre atrofia quando há determinada perda de substância celular resultando na diminuição do tamanho da célula. Representa uma forma de resposta de adaptação e pode desencadear a morte celular. Pode ser fisiológica ou patológica. Nos casos fisiológicos acontece logo nos primeiros anos do desenvolvimento. A atrofia patologica tem como causas mais comuns a diminuição da carga de algum membro (casos de repouso absoluto, que podem ser reversiveis com exercicios ou podem levar a osteoporose), a perda da inervação atráves de lesão nos nervos ou diminuição do suprimento sanguíneo de um tecido (isquemia).

                         



O que é PATOLOGIA?

PATO : sofrimento  LOGIA : estudo


A patologia estuda as alterações produzidas no organismo (órgãos, tecidos e sistemas) que resultam na doença, os locais onde estas alterações ocorrem, as causas dos sinais manifestados e ainda a assistência clínica. Por ter este significado, muitas vezes o termo patologia é também usada como sinônimo de doença, o que não é correto.
Toda doença tem causas e mecanismos que produzem alterações moleculares nos tecidos, e alterações no organismo produzindo sinais e sintomas, que são englobados nos quatro ramos da patologia que são:
Causa:  Existem dois fatores que podem causar a doença: genéticos ou adquiridos. As causas genéticas estão diretamente ligadas a fatores ambientais, já as causas adquiridas estão relacionadas a qualidade de vida.
Patogenia: Continuidade de eventosna resposta das células dos agentes etiológicos a partir do estímulo inicial até a expressão da doença.
Alterações Morfológicas: Alte.rações estruturais nas células que são características da doença e que levam ao diagnóstico do processo etiológico. A patologia diagnóstica  se dedica a natureza e a progressão das doenças por meio do estudo de alterações morfológicas nos tecidos e de alterações químicas no paciente.
Manifestações Clínicas: As alterações morfológicas e suas alterações nos diversos órgãos ou tecidos, determina os sinais e sintomas de uma determinada doença. São as manifestações clínicas que podem ser visualizadas microscopicamente.